letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
03
Jul 11
publicado por RAA, às 23:59link do post | comentar
Mum, de Adelheid Roosen (Holanda, 2009, 20'). O centro do documentário é a mãe da realizadora, doente de Alzheimer, internada num lar. As duas filhas e o genro entregam-se em grande ternura àquele ser tão importante para as suas vidas. À impotência diante a demência e a regressão inexorável e desarmante, só o amor, pleno de carícias e contacto físico pode aplacar, ainda que minimamente, a provação por que passam as pessoas cujos familiares mais próximos padecem como a protagonista deste filme. Gostei, em particular, da forma como Adelheid Roosen se capta a si própria com a mãe.

20
Abr 11
publicado por RAA, às 20:58link do post | comentar | ver comentários (2)
Um post da Ana Paula Sena Belo suscitou-me este alinhavo:
Tenho por adquirido que quanto mais instáveis são os tempos, mais necessário se torna fazer uso da razão. A Europa, na década fatídica 1929-1939, deixou-se toldar pela irracionalidade. Mas houve povos (e líderes políticos cheios de defeitos) que se mantiveram razoáveis e lúcidos: os povos do Norte da Europa. E líderes:  de Churchill -- o homem certo na hora certa -- ao rei Haakon VII, da Noruega (ocupada pelos alemães), que ostentava à lapela a estrela de David, solidário com os seus concidadãos judeus. É evidente que também houve líderes do outro lado detentores de grande frieza (Stálin) e frio e competente discernimento (Salazar). Mas para estes não havia cidadãos, mas uma massa que era necessário enquadrar e tutelar.

08
Mai 06
publicado por RAA, às 19:09link do post | comentar | ver comentários (6)
No vale onde me encontro
ouço os sinos das igrejas
a darem as horas certas.

O vento é o meu nevoeiro,
o badalar é o mugir do meu farol.

Homem das cidades marítimas,
sinto o cerco dos montes, dos penedos, da floresta.
Sei que há lobos,
javalis escondidos,
cavalos selvagens pastando solitários.

O pio nocturno da coruja
não me deixa esquecer onde estou.

Agosto de 2000
Seis Composições Outonais
tags:

09
Fev 06
publicado por RAA, às 19:47link do post | comentar

Por cá gosta-se de BD. Tanto que corri ao sítio do Charlie Hebdo para ver la une. Parece que o tema deste número é Telosnossítio, uma obra colectiva.

20
Abr 05
publicado por RAA, às 15:15link do post | comentar
o livro do José Gil. Tudo o que lá está, está certo, sem exageros quanto à herança do salazarismo, nomeadamente o papel do medo na nossa sociedade. Mas também não há nada de novo. Tudo quanto de substancial o livro traz, há décadas que tem sido dito e redito por muita gente, designadamente a questão do medo e da nossa mediocridade colectiva, tratada em ditadura corajosamente por gente como o Ferreira de Castro ou os primeiros surrealistas. Com a vantagem de que o foi num português mais escorreito, sem este desagradável sotaque francês do Portugal, Hoje -- O Medo de Existir. De qualquer modo, é sempre salutar expor as nossas misérias ao sol.

mais sobre mim
Novembro 2012
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3

4
5
6
7
8
9

15


25
26
27
28
29
30


pesquisar neste blog
 
subscrever feeds
blogs SAPO