letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
08
Dez 11
publicado por RAA, às 23:10link do post | comentar

No Festival de Cinema do Estoril #9: «O Polícia», de Nadav Lapid (Israel, 2011). Prémio Especial do Júri, Locarno 2011. Um grande filme, ou cenas da luta de classes em Israel. Um filme à margem da questão israelo-árabe. Cinema a sério, sem grandes meios nem pretensões excessivas que não o de pensar a sociedade. Por isso terá resultado tão bem.

 


13
Dez 06
publicado por RAA, às 22:41link do post | comentar | ver comentários (2)
É verdade que Israel não tem ajudado muito, mas é repugnante ver o Irão patrocinar um congresso negacionista do Holocausto. O racismo e o nacionalismo continuam a ser doenças por debelar.

20
Jul 06
publicado por RAA, às 23:42link do post | comentar
«...um território no qual os outros lutam.» Esta a definição desalentada do historiador libanês (cristão maronita) Georges Corm, em entrevista ao Público de hoje. Eis a tragédia daquele estado árabe, um país que alcançara um frágil equilíbrio entre as suas confissões (maronitas, xiitas, sunitas, drusos), após uma devastadora guerra civil.
Israel tem um problema original: o da sua criação forçada pela má consciência ocidental, que, em 1917, na Declaração Balfour, deu à nação judaica a grande expectativa de criação de um estado na Palestina -- aspiração que não mais poderia ser protelada após o inominável Holocausto. Só que o apaziguamento do remorso europeu foi feito à custa da população árabe, que era a maioria. E aí estão, dolorosamente, passadas décadas, os milhares de deslocados palestinos à força, espalhados pelos países limítrofes.
Não o posso esquecer, até porque sempre tive simpatia pela nação judaica e pela sua respeitável organização democrática interna. Isto não obstante considerar da maior justiça -- e da maior urgência, acrescentaria -- a criação do estado da Palestina.
A destruição em curso no Líbano é confragedora. O delicado equilíbrio político conseguido após, repito, uma longa guerra civil, estava a permitir àquele país uma paulatina normalização, um ambiente de desenvolvimento, um clima de cosmopolitismo que sempre foi o seu -- e que os milhares de estrangeiros de muitas nacionalidades que agora fogem dele demonstram cabalmente.
O que leva um país como Israel a perpetrar uma destruição desta amplitude? Não colhe o argumento do rapto dos soldados: a desproporção da reacção é tal que o argumento ganharia contornos do mais intolerável racismo, que é o de a vida de cada soldado valer cerca de cem civis libaneses mortos entretanto, sem que estas existências merecessem um esforço para que a crise fosse solucionada pela diplomacia. Essa não pode ser a razão, nem acredito que seja a medida de Olmert, de Peretz e muito menos de Perez.
Israel, sempre acossado pelos vizinhos, sente agora o perigo real das ameaças iranianas, verifica as dificuldades americanas na demência iraquiana e no impasse afegão, constata a impotência europeia, entre o embaraço e a duplicidade. Trata-se, portanto, de uma guerra de sobrevivência -- uma guerra suja, mas de sobrevivência.
A par da tentativa de neutralização do Hezbollah, improfícua a prazo, no quadro de correlação de forças actual, há ali um demonstração de poderio, um possível posicionamento estratégico dentro do país do cedro e avisos vários feitos a sírios e iranianos, à custa dos fracos libaneses. Resta é saber se um Líbano estraçalhado e não um Líbano estabilizado -- esse Líbano que extasiou Eça de Queirós na sua viagem oriental de 1869 -- servirá os interesses de Israel.

07
Jul 05
publicado por RAA, às 20:34link do post | comentar
das mentiras do Bliar, dos crimes do gang do Bush, nem das provas que o Barroso diz ter visto da existência de armas de destruição maciça no Iraque. Estive na manifestação contra a guerra, e ainda bem que mostrámos o nosso nojo pela repugnante aldrabice. Mas o que se passou hoje só lateralmente tem que ver com a vigarice americana. Há ratazanas a espalhar a peste, indiscriminadamente. O que se faz às ratazanas?
E, francamente: por mim os israelitas, de quem gosto, aliás, podiam ser corridos de Jerusalém, ou de parte dela, aos pontapés no cu, mas só depois de se dar caça aos Bin Ladens, aos Zarqawis e a outros filhos-da-puta.
Farto deste ranço bíblico e corânico.

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