letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
06
Mai 11
publicado por RAA, às 01:33link do post | comentar
«Naima», de John Coltrane. O quarteto que gravou «A Love Supreme»: JC, sax tenor; McCoy Tyner (que eu (ou)vi, no Parque Palmela), piano; Jim Garrison, contrabaixo; Elvin Jones, bateria. Música para deitar e, só depois, dormir bem. Reparem na realização fantástica. Lindo.

14
Abr 11
publicado por RAA, às 22:54link do post | comentar
aqui

06
Mar 11
publicado por RAA, às 16:36link do post | comentar

02
Fev 11
publicado por RAA, às 22:52link do post | comentar | ver comentários (2)
John Coltrane

07
Dez 06
publicado por RAA, às 22:22link do post | comentar


30
Jan 06
publicado por RAA, às 23:50link do post | comentar
Acontece-me estabelecer um paralelismo, muito pessoal e sem nenhum rigor, quando oiço ou penso em Sidney Bechet -- crioulo de Nova Orleães, figura cimeira das primeiras décadas do jazz, como músico principal ou acompanhante (no sax soprano ou no clarinete) e compositor (Petite Fleur é um tema conhecido em todo o mundo). Quando oiço Bechet, lembro-me de... Haydn, desse outro compositor de excepção, austríaco e cerca de século e meio mais antigo, com as suas cento e algumas sinfonias, além de muitas outras obras, das sonatas aos quartetos, concertos e oratórias.
Para nosso bem, mas póstuma desvantagem (?) sua, Haydn e Bechet foram, respectivamente, contemporâneos de Mozart e Armstrong.
E como as genealogias em arte se constroem (im)pacientemente, sem que se saiba quando o génio toca algum dos rebentos nos ramos das suas árvores, eis que um discípulo directo de Haydn surge e, milagre!, é dos poucos escolhidos que em toda a história da música conseguirá ombrear com Amadeus: Beethoven.
No jazz as coisas então passavam-se de modo diferente, a transmissão de conhecimento era informal nas academias dos pobres. Teve Bechet o seu Beethoven no mundo da música improvisada afro-americana? Se ele for o Haydn de Armstrong, quem terá sido o seu Beethoven? Coltrane?

26
Mai 05
publicado por RAA, às 02:55link do post | comentar
Acabo de ver, ouvir e ler o primeiro cd, e respectivo livreto, da colecção Let's Jazz em Público, dirigida por José Duarte e publicada pelo jornal de José Manuel Fernandes. Deixo aqui três momentos de exaltação:
1) One for Daddy-O, por Julian "Cannonball" Adderley (sax alto), com Miles Davis (trompete) e uma secção rítmica superlativa, Hank Jones (piano), Sam Jones (contrabaixo) e Art Blakey (bateria);
2) Buddy's Blues, de e por Buddy de Franco (clarinete), Kenny Drew (piano), Milt Hinton (contrabaixo) e outra vez Art Blakey na bateria. (Um dos meus primeiros LP's de jazz foi o Lady Love, da Billie Holiday, gravado ao vivo em Colónia (1954), com o dito de Franco ao clarinete.) A languidez e a volúpia dos blues, está tudo aqui...
3) Afro-Blue, por John Coltrane (sax tenor), McCoy Tyner (piano), Jimmy Garrison (contrabaixo) e Elvin Jones (bateria): jazz primordial, peço licença para dizer, como se de jam-session gravada se tratasse... ou não trata?... (Aproveitando: Mc Coy Tyner esteve por cá -- o meu é Cascais e Estoril -- algumas vezes. Vi-o no Parque Palmela, inspirado.)

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