letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
17
Jan 12
publicado por RAA, às 01:48link do post | comentar | ver comentários (4)

Em 7 de Abril de 1570 havia peste em Lisboa. Vindo de Moçambique, Luís de Camões, na companhia do escravo Jau e de Diogo do Couto, desembarcou em Cascais com o manuscrito d'Os Lusíadas. Gostava de ter visto a chegada do Trinca-Fortes


24
Dez 11
publicado por RAA, às 16:08link do post | comentar

O desejo, que se estende / Ao que menos se concede, / Sobre vós pede e pretende.

Luís de Camões


06
Mai 11
publicado por RAA, às 01:36link do post | comentar | ver comentários (4)
Pede o desejo, Dama, que vos veja
Camões

03
Fev 11
publicado por RAA, às 22:45link do post | comentar | ver comentários (12)
Melhor é merecê-los sem os ter, / Que possuí-los sem os merecer.
Camões

08
Out 06
publicado por RAA, às 18:04link do post | comentar | ver comentários (4)
Ilmo Snr.'
Não he sem tremer que me atrevo a pegar na pena para me deregir a V. Exca a quem amo com o mais profundo respeito: mas que fazer Senhor? quando a nececidade bate a porta. Já teve a ouzadia de vos escrever outra carta na qual vos pintava a minha mizeria, a vós Senhor a vos que sabereis avaliar as desgraças de nossa mizeravel vida. emfim Senhor a minha he tál, que vo-la naó pintarei. a oito annos nesta terra sempre infeliz pobre e mizeravel tenho tragado a longos tragos a taça da dizesperação.
Se minhas inflecidades vos comoverem póssa eu contar que a vossa generozidade me faça voltar a minha patria, a minha patria!... ah! que este nome e a lembrança de que póssa lá voltar consoláo a minha existençia: também já emigra[s]tes Senhor, já vivestes longe de Portugal, deveis conheçer quanto isso custa. porem para que ser mais estenço, se vos condoerdes mandar me heis ir para lá; tenho dezoito annos, poderei ser o minimo de vossos criados, apezar que o meo maior dezeijo era instruirme, mas servindo vos será a mesma coiza.
perdoai Senhor o temerario arrojo de a vós me derejir e apelo o meo perdaó para a vossa generozidade, rogo-vos que queirais ter o incomodo de me responder e fazer me saber qual a vossa vontade aqui me ingeitarei sem replicar.
Oxalá me seija a minha sorte tao favoravel qe póssa ao menos dizer como Camóes «Patria ao menos junto morremos» palavras sublimes que sahiraó de vosso peito porque vós milhor que ninguem as comprendeis.
Adeos Snr' dezejo que gozeis a mais perfeita saude e todo quanto vos pertença. perdoai de ir enterromper com couzas frivolas o quadro de vossa felecidade.
Cidade do Pará 27 de Julho de 1845
De VExca mtº attº Vor. Cr.º
Francisco Gomes de Amorim
In Costa carvalho, Aprendiz de Selvagem -- O Brasil na Vida e na Obra de Francisco Gomes de Amorim

22
Jul 05
publicado por RAA, às 19:59link do post | comentar
Foi já num tempo doce cousa amar,
Enquanto me enganava a esperança;
O coração, com esta confiança,
Todo se desfazia em desejar.

Oh! vão, caduco e débil esperar!
Como se desengana uma mudança!
Que, tanto é mor a bem-aventurança,
Tanto menos se crê que há-de durar.

Quem já se viu contente e prosperado,
Vendo-se em breve tempo em pena tanta,
Razão tem de viver bem magoado;

Porém, quem tem o mundo experimentado,
Não o magoa a pena nem o espanta,
Que mal se estranhará o costumado.

Sonetos

(edição de Maria de Lurdes Saraiva)

publicado por RAA, às 19:57link do post | comentar
Posted by Picasa

08
Jul 05
publicado por RAA, às 20:07link do post | comentar
A morte e o esventramento das avestruzes que comem diamantes. Como Camões comeu Dinamene. Dinamite. Dínamo e dinamite, "Essa cativa que me tem cativo". Contas de coral ao peito, caralho branco na cona. "Bóina de marujo ao lado" -- o fado do rabo de António Botto. Povo que levas no rabo. Panascas na penumbra das ruas estreitas, pais de família nas avenidas. A loira na esquina. A escuna no rio. As tágides nas margens, secando como peixes envenenados. Trutas do Minho ou do Ceira, talvez. Enguias da lançada ou da Murtosa, talvez. As chaminés de óxidos. H2 Ó-Ó. Sereias escamadas. Instrumentos de tortura. Torquemada na floresta. A bondade presidindo às queimadas nos campos de Portugal.
Cirrose

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