letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
27
Out 11
publicado por RAA, às 00:12link do post | comentar

Por terra é que é vê-lo agora: a poderosa e antipática figura conserva mesmo no chão extraordinária grandeza. Quando cai é que se lhe mede o tamanho.

El-Rei Junot


15
Set 06
publicado por RAA, às 19:44link do post | comentar
Na História não há culpados, há vencedores e vencidos, povos ou grupos sociais esmagados e outros que constroem as vitoriosas interpretações futuras. Na segunda metade do século XVIII, jogava-se em Portugal um jogo de pólos opostos com um imenso vazio no centro. Este vazio ou esta ausência chamava-se Europa e o seu progresso económico, científico e filosófico. A violência, o extremismo e o vanguardismo de Estado de Pombal medem-se pela intensidade por que tentou, em menos de trinta anos, preencher solidamente este vazio, tornando Portugal menos Portugal e mais europeu. [...] Não o conseguiu, não porque as medidas estivessem erradas, mas porque a violência por que as aplicou criou tanto um deserto em redor do Estado, de que tudo dependia, quanto um campo concentracionário de quase dois mil presos e exilados.

O Marquês de Pombal e a Cultura Portuguesa

03
Dez 05
publicado por RAA, às 20:52link do post | comentar
Posted by Picasa

publicado por RAA, às 20:46link do post | comentar
Meu Irmão do meu Coração.
Huma das grandes utilidades publicas que trazem comsigo as Companhias de Comercio he a de regularem as quantidades das mercadorias, que devem introduzir, de sorte que tenham huma respectiva proporção, com o consumo dos Paízes onde as taes mercadorias devem ser transportadas: Por que da falta desta justa proporção se segue necessariamente a ruina do Comercio dos Mercadores Nacionaes, e a do Reyno em beneficio dos Mercadores, e dos Paizes Estrangeiros.
A razão he por que, comprando os particulares nacionaes sem regra nem medida tudo quanto lhe querem fiar os Estrangeiros, introduzem de modo ordinario em hum anno Fazendas que necessitam de tres annos p.ª se consumirem. Ora como a esta redundancia se vão acomulando annualmente as outras fazendas, que transportam as Frotas, e os Navios de Licença: Daqui se segue por que não podem vender com lucro, antes lhe he precizo fazello com perda em tanta redundancia: E se segue pela outra parte que os Mercadores Estrangeiros engrossam m.to mais do que deviam engrossar; vendendo de mais aos Particulares todas as fazendas superfluas, que certamente não compra a Companhia; e exhaurindo o cabedal do Reyno em forma que se delle havião de extrahir Hum milhão em dinheiro para lhe venderem o necessario, extrahem mais Dous milhões do que vendem para ficar superfluo, empachando as Logens da America Portugueza.
Para se regular pois a Companhia que S. Mag.e acaba de estabelecer em forma que evite aquelles graves damnos, He o mesmo Senhor servido que mandeis franquear aos Caixas da mesma Companhia nas duas Alfandegas do Grão Pará, e Maranhão, todos os Livros de Abertura para delles tirarem as rellações das Fazendas q. foram para esse Estado pella ultima Frota fazendo tudo o que vos for possivel por que nas mesmas rellações se incluam por hum verosimil arbitrio todas as fazendas, que costumam entrar sem pagarem Direitos com a distinção das suas quantidades, e qualidades debaixo da proporção poco mais, ou menos.
Tambem S. Mag.e manda recomendarvos q o Avizo que deve levar esta seja reexpedido com toda a brevidade, que couber no possivel.
E Eu torno a offerecerme para servirvos com o mayor affecto.
Deus vos G.de m.tos an s
Belleem a. 4. de Agosto de 1755
Irmão m.to am.te vosso
Seb.m Jozeph
In Fritz Hoppe, A África Oriental Portuguesa no Tempo do Marquês de Pombal -- 1750-1777

mais sobre mim
Novembro 2012
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3

4
5
6
7
8
9

15


25
26
27
28
29
30


pesquisar neste blog
 
blogs SAPO