Quando pensava que o chamado rock progressivo, tão da minha predilecção, já havia dado tudo quanto tinha para dar, por exaustão, por autoplágio ou simplesmente por natural deriva para outras realidades sonoras (v.g. Gabriel, Hammil, Fripp), apareceram-me uns canadianos de Toronto -- aliás, já com meia dúzia de anos de estrada -- e um álbum intitulado sintomaticamente Permanent Waves (1980), como a querer dizer que havia mais rock para lá da new wave (enfim, já ela então também agonizante, ou em mudança). Guitarra potente, baixo criativíssimo com laivos jazzísticos, bateria pronta para tudo, sintetizadores q.b., voz adequada e facilmente identificável. Não me canso de os ouvir, desde essa época.