letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
18
Mar 12
publicado por RAA, às 23:16link do post | comentar
Um livro infelicíssimo, pura propaganda e da mais básica. Viagem à União Soviética e aos países das chamadas democracias populares. Louvores a Stálin, Jdanov e por aí fora. Muito mal escrito, também. Não parece um livro do Jorge Amado. Não há calor ou alegria; apenas sectarismo e acrítica ingenuidade. Felizmente, o autor retirou-o da lista das suas obras. É, aliás, elucidativo ler o que nas suas memórias, Navegação de Cabotagem (1992) diz a respeito desta obra e do "socialismo surreal" (como já alguém escreveu). Penoso e instrutivo.
ficha: Jorge Amado, O Mundo da Paz -- União Soviética e Democracias Populares, 4.ª edição, Rio de Janeiro, Editorial Vitória, 1953.
incipit: Na porta do pequeno hotel boêmio de Paris, em frente à Sorbonne, abraçamo-nos, entre risos, o romancista argentino Alfredo Varela e eu. Êle partia para o aeródromo de Le Bourget onde havia de tomar o avião para Praga, eu segui para o aeródromo de Orly -- o destino do meu avião era Mouscou. Ríamo-nos porque há cinco dias Varela saía todas as manhãs do hotel, num taxi, para o aeroporto e retornava ao meio dia. A névoa, como um lençol pesado e húmido sobre a cidade, impedia a partida dos aviões.

20
Abr 11
publicado por RAA, às 20:58link do post | comentar | ver comentários (2)
Um post da Ana Paula Sena Belo suscitou-me este alinhavo:
Tenho por adquirido que quanto mais instáveis são os tempos, mais necessário se torna fazer uso da razão. A Europa, na década fatídica 1929-1939, deixou-se toldar pela irracionalidade. Mas houve povos (e líderes políticos cheios de defeitos) que se mantiveram razoáveis e lúcidos: os povos do Norte da Europa. E líderes:  de Churchill -- o homem certo na hora certa -- ao rei Haakon VII, da Noruega (ocupada pelos alemães), que ostentava à lapela a estrela de David, solidário com os seus concidadãos judeus. É evidente que também houve líderes do outro lado detentores de grande frieza (Stálin) e frio e competente discernimento (Salazar). Mas para estes não havia cidadãos, mas uma massa que era necessário enquadrar e tutelar.

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